sexta-feira, 20 de junho de 2014

A jibóia e a oração


 

Há anos comprei um vaso com uma planta que achei bonita e viçosa. Não tinha mais do que 25 ou 30 centímetros de altura e pensei que não cresceria mais. Passado algum tempo entendi por que a chamavam de jibóia: ela cresceu tanto que a alternativa foi enrolar os galhos, dando várias voltas em torno do vaso. Tempos depois, tive a infeliz idéia de cortar os galhos da minha plantinha. Parece que ela não gostou muito, ficou tempos ali quieta, no seu cantinho...
Continuei cuidando dela: água, pouca claridade, como sempre fiz. Com um diferencial: prometi à minha querida jibóia que não a cortaria novamente! Agora ela está contente em seu lugar, altiva e, novamente, enrolei os galhos que cresceram. Coloquei-a num lugar especial, de destaque. Ela gostou tanto que já tratou até de prender dois de seus galhos à parede a fim de se fixar melhor.
Na minha vida a analogia pareceu óbvia: quantas vezes já cortei os galhos do meu relacionamento com o Criador, perdendo a preciosa oportunidade de passar tempo em Sua presença? A alternativa é única: prometo ao Pai não cortar mais os galhos.
A metáfora de cuidar de uma planta é sempre usada simbolizando o cuidado com relacionamentos (amizade, amor...). E não é diferente quando o relacionamento é com nosso Criador:
“Colocar em ordem essa dimensão espiritual de nosso mundo interior equivale, então, a fazer cultivo dela. É trabalhar cuidadosamente o solo espiritual. O jardineiro revolve a terra, arranca os matos, planeja como vai utilizar os canteiros, semeia, rega e aduba as plantas, e depois se deleita com o que seu pomar produz. Tudo isso compreende o que chamamos de disciplina espiritual.” (MacDONALD, Gordon. Ponha ordem no seu mundo interior. Venda Nova, Betânia, 1988, primeira edição, página 123)

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